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Egressa do curso de Pedagogia da UNIVALE e  também graduada em História, Juliana Xavier atualmente cursa o mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) na universidade. Neste ano, ela está em intercâmbio nacional de pós-graduação, estagiando na Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, em Limeira-SP. 

No Laboratório de Geografia dos Riscos e Resiliência (Lagerr), a mestranda desenvolve pesquisas sob supervisão do professor Eduardo José Marandola Junior, autor que é uma das principais referências teóricas em estudos territoriais no país, e cuja produção acadêmica é estudada no GIT — o que agrega novos conhecimentos à dissertação de Juliana no mestrado da UNIVALE.

Aprovada em primeiro lugar no processo seletivo que a fez ingressar no GIT, Juliana recebe uma bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Na UNIVALE, ela ainda integra o laboratório do Núcleo Interdisciplinar de Educação, Saúde e Direitos (Niesd), onde estuda vivências de jovens negros no acesso e permanência no ensino superior. 

Pesquisa sobre acesso e permanência no ensino superior

Juliana Xavier, egressa de Pedagogia e mestranda em Gestão Integrada do Território na Univale
Juliana Xavier

O trabalho de Juliana é um recorte do projeto “Políticas de Ações Afirmativas em Instituições de Ensino Superior em Governador Valadares: uma discussão sobre acesso e equidade”, pesquisa institucional envolvendo alunos e docentes do mestrado e da graduação e que analisa ainda as especificidades de outros grupos em situação de vulnerabilidade. Juliana considera que o estágio no laboratório coordenado por Eduardo Marandola Júnior e o contato com pesquisadores de outras áreas do conhecimento trarão a ela aprendizados que poderão contribuir para o crescimento do Niesd. 

“Poder dialogar tanto com o professor Eduardo quanto com os demais integrantes do Lagerr é enriquecedor, porque abre novas formas de ver e fazer ciência. A contribuição que tiro desses momentos aqui são essas, o de enxergar novas abordagens e aprender a coletividade da pesquisa acadêmica. É mais gratificante ainda poder estar nestes espaços sendo participante ativa da temática que pesquiso. Enquanto mulher negra, é muito importante que eu ocupe esses lugares. Esse período está sendo extremamente significativo em meu processo de ser pesquisadora”, disse, agradecendo ainda à orientadora no GIT, professora Fernanda Cristina de Paula, que já foi aluna de Eduardo Marandola e viabilizou o contato entre Juliana e o professor da Unicamp.

Fortalecimento de vínculos entre UNIVALE e Unicamp

Professor Eduardo Marandola Jr, da Unicamp
Professor Eduardo Marandola Jr

Para o coordenador do Lagerr da Unicamp em Limeira, a participação de Juliana nas pesquisas do laboratório e do Nomear, Grupo de Pesquisa Fenomenologia e Geografia, tem sido muito produtiva. “Além de ter se integrado rapidamente à equipe de pesquisadores e estudantes, ela tem colaborado ativamente nas atividades, discussões e eventos realizados pelo laboratório. Seu tema de pesquisa já foi discutido em um seminário, no qual ela pôde receber muitas contribuições dos colegas. Seu progresso é notório à medida que o intercâmbio avança, repercutindo positivamente em sua dissertação e no grupo em geral. Tem sido importante para nós a possibilidade de articulação com o GIT e a UNIVALE”, afirmou o professor da Unicamp.

Foto do professor Edmarcius Carvalho, coordenador em dois projetos de bolsas de iniciação científica
Professor Edmarcius

Coorientador de Juliana no GIT, o professor Edmarcius Carvalho Novaes avalia a oportunidade de estágio em outra instituição, sobretudo em uma universidade com o prestígio que tem a Unicamp, será um importante diferencial na trajetória acadêmica e pessoal da mestranda, com a possibilidade de ter contato com um professor que é referência em estudos territoriais na linha da geografia humanista. E, além disso, a presença de Juliana no Lagerr, enfatiza Edmarcius, fortalece o vínculo entre as duas universidades.

“É uma oportunidade ímpar para ela se aprofundar e compreender a perspectiva teórica de um autor e acompanhar as pesquisas que ele faz, com os alunos que ele orienta. Para a UNIVALE e para o Niesd isso também é importante, porque o laboratório faz pesquisas para tentar entender os fenômenos que dizem respeito às vulnerabilidades e violências. Isso é importante para aproximar os laboratórios, do GIT e o do professor Marandola na Unicamp, com a produção conjunta. É um vínculo institucional que pode acontecer em outras pesquisas e outros projetos, e é importante na pós-graduação quando a gente consegue dialogar com os pares e com as referências teóricas que a gente utiliza”, declarou o coorientador de Juliana.

Egressa do curso de Medicina da UNIVALE, Ariana Pinheiro Caldas participou na segunda-feira (15), no Rio de Janeiro, de uma mesa redonda sobre o papel da universidade na sociedade, e debateu o tema com estudantes e autoridades acadêmicas, incluindo o francês Serge Haroche, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2012. A mesa redonda fez parte da programação do Diálogo Nobel Brasil, promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) com vencedores do Nobel, e que ainda teve entre os convidados Gabriel Coimbra Schuwarten, outro médico formado pela UNIVALE.

Além do físico francês e Ariana, a mesa redonda teve as presenças de estudantes do Peru e da Colômbia, da reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ, que sediou o evento) Gulnar Azevedo e Silva; e da líder sênior de Análise Política da UNESCO, Anna Cristina D’Addio. “Conversamos sobre a importância que a universidade tem não apenas na educação e formação de alunos, mas no apoio e incentivo na busca da liberdade de pensamento, para irmos longe através da ciência e pesquisa”, relatou Ariana.

Mesa redonda dos Diálogos Nobel, com participantes que incluem a egressa de Medicina da Univale, Ariana Pinheiro Caldas, e o físico francês Serge Haroche, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2012

O físico ganhador do Nobel considerou, na mesa redonda, que as instituições de ensino devem estimular o aprendizado contínuo. “Uma das missões da universidade nesses tempos de mudança é preparar estudantes para serem estudantes por toda a vida”, pontuou Serge Haroche.

A médica formada pela UNIVALE avalia que existe uma grande distância no apoio financeiro à pesquisa no Brasil, em comparação com outros países. “Aqui não temos grandes empresas e indústrias que podem nos oferecer fundos, na maioria das vezes dependemos do governo”, disse. Outro gargalo da ciência brasileira, considera Ariana, está no alcance junto à sociedade.

Ariana Pinheiro Caldas no palco do Diálogo Nobel

“O canal de comunicação é difícil, com linguagem muito técnica, e o alto índice de brasileiros analfabetos funcionais ainda é uma grande realidade no Brasil. Muitos jovens também não conseguem ingressar na universidade, com muitos alunos que são os primeiros de suas famílias a concluírem uma graduação. Muitas pessoas não sabem o que é ciência e seu impacto social, então concordamos, na discussão, que se deve falar sobre ciência nas escolas desde o ensino fundamental. Devemos preparar professores para lidarem com essa adversidade, mostrando desde cedo o que é ciência, como fazer a mudança e apresentar caminhos para resolver isso”, afirmou Ariana.

A egressa, ao participar da mesa redonda do Diálogo Nobel, defendeu que as universidades devem impulsionar pessoas a acreditar que são capazes de criar, produzir e construir uma ideia. “A universidade não deve buscar apenas mentes tentando resolver problemas, mas também buscar aquelas que nos mostrem vários caminhos em como não resolver. Já dizia Thomas Edison, ‘eu não falhei, eu encontrei 10.000 maneiras que não funcionam’. Devemos acreditar em nós mesmos. Confie no seu potencial, olha onde eu cheguei”, declarou.

Antes do Nobel, a importância da iniciação científica no currículo acadêmico

Quando alunos da UNIVALE, Ariana e Gabriel foram bolsistas em projetos de iniciação científica. Para a diretora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UNIVALE, professora Elaine Pitanga, a participação dos egressos no Diálogo Nobel é um reconhecimento internacional à qualidade da formação acadêmica proporcionada pela instituição, e demonstra a importância de que o estudante busque se destacar não apenas no ensino, mas em todas as oportunidades que a universidade oferece também em pesquisa, estágios e atividades de extensão, construindo um currículo capaz de abrir grandes oportunidades.

“A Ariana e o Gabriel já tinham participado do Diálogo Nobel de forma remota, e agora participaram presencialmente. E isso tudo aconteceu pelo mérito deles, mas também porque eles fizeram iniciação científica. Eles foram bolsistas e também fizeram intercâmbio e participaram de congressos internacionais. A UNIVALE dá essa importância para atividades de pesquisa, inclusive com bolsas remuneradas, e a formação deles na pesquisa contribuiu para que eles estivessem no evento do Nobel. Quando eles foram escolhidos para participar, os currículos deles foram analisados, com todos esses diferenciais. Os alunos têm que aproveitar essas oportunidades, porque tudo isso conta pontos e o compromisso da UNIVALE é oferecer uma formação completa”, enfatizou Elaine.

Mais imagens do Diálogo Nobel:

Artigo estudou efeitos de alimentos enriquecidos em ferro em crianças vulneráveis a doenças parasitárias

Alunos dos cursos de Medicina, Farmácia e Odontologia da UNIVALE têm trabalho publicado em revista internacional. O artigo, intitulado “Effects of Iron-Fortified Foods on the Nutritional Status of Children Residing in Regions Vulnerable to Parasitic Diseases: A Systematic Review”, foi publicado na revista Preventive Nutrition and Food Science. Entre os autores estão Alexandre Cozer e Filipe Souza, alunos do curso de Medicina; Luana Santiago, egressa de Medicina; Bárbara Fernandes, aluna do curso de Farmácia; Sabrina Pimenta, aluna do curso de Odontologia; Barbara Enes, docente do curso de Nutrição; Marlucy Lima, Rafael Gama e Thalisson Gomides, docentes do curso de Farmácia. Nesse trabalho os autores mostram os efeitos dos alimentos fortificados com ferro para a melhora dos parâmetros hematimétricos de crianças residentes em áreas com maior vulnerabilidade a doenças parasitárias.

No artigo, o grupo de alunos e professores da UNIVALE realizou uma revisão sistemática sobre a suplementação e fortificação de alimentos com ferro em crianças residentes em áreas vulneráveis a infecções parasitárias. Orientador do trabalho, o professor Thalisson relata que a pesquisa ainda está em andamento. O artigo trata de trabalhos já executados, nos quais foi encontrada uma variedade de resultados que indicam que a fortificação de alimentos com ferro tem o potencial de minimizar os impactos dessas doenças na saúde nutricional das crianças, especialmente em relação aos níveis de hemoglobina. O docente enfatiza ainda que isso pode ajudar a reduzir a propensão das crianças a desenvolver anemia, mesmo quando infectadas por parasitas.

Thalisson Artur Ribeiro Gomides, farmacêutico, doutor em em Imunologia das Doenças Infecciosas e Parasitárias, e docente do curso de Farmácia da Univale
Professor Thalisson Gomides

“Nosso grupo de pesquisa tem avaliado o impacto de infecções parasitárias em crianças residentes na região de Governador Valadares. Especialmente em distritos, que são regiões com maior vulnerabilidade social, econômica e em saúde. E enquanto a pesquisa se desenvolve com a coleta de amostras biológicas, e também com as análises dos resultados, os alunos de iniciação científica vinculados ao projeto vão desenvolvendo uma base teórica, estudando outros trabalhos e outros artigos. E daí veio a ideia de, antes de publicar os dados da própria pesquisa, que ainda estão sob análise, construir um artigo com uma revisão sistemática, que foi isso que nós fizemos”, explicou o professor.

Thalisson detalha que, no artigo, os estudantes fizeram uma revisão sistemática de outros estudos sobre suplementação, fortificação de alimentos com ferro e mudança do status nutricional de crianças já residentes em áreas de vulnerabilidade a essas infecções parasitárias.

“Nós encontramos uma diversidade de resultados nesses estudos, o que mostra que sim, esses alimentos fortificados com ferro têm um potencial de reduzir os impactos dessas doenças na saúde nutricional, especialmente nos valores hematimétricos das crianças. Regulando os níveis de ferro e hemoglobina, é como se essas crianças, mesmo que infectadas por alguns parasitas, podem estar menos propensas a desenvolver anemia, se elas têm uma quantidade maior de ingestão de ferro”, disse o docente.

Alexandre Cozer, aluno do curso de Medicina da Univale
Alexandre Cozer

Aluno do curso de Medicina, Alexandre Cozer avalia que, em casos de anemia e hipovitaminose (carência de vitaminas), por exemplo, a fortificação de alimentos com ferro pode mitigar danos de parasitoses. O estudante ressalva que a fortificação não é um tratamento, mas pode servir de base para intervenções, por seu potencial para redução de danos de parasitoses.

“Esse estudo é realmente muito relevante para a nossa região, porque ainda há uma prevalência muito grande para doenças infecciosas e parasitárias, principalmente na zona rural, que é uma área mais suscetível a ter esse tipo de doença. Nosso estudo foi importante, porque é um tema muito relevante na área médica aqui na nossa região. E a gente chegou a uma conclusão que realmente o alimento fortificado ajuda a diminuir os danos que as doenças infecciosas causam nas crianças”, frisou o estudante.

Docente do curso de Medicina da UNIVALE conquistou duas bolsas de estudo e deve viajar para Atlanta no segundo semestre

A professora do curso de Medicina da UNIVALE, Lorena Bruna Pereira de Oliveira, conquistou duas bolsas para intercâmbio, e por 16 meses fará suas pesquisas na Emory University, em Atlanta, nos Estados Unidos. Serão quatro meses trabalhando em Bioquímica e Biologia Molecular pelo programa Fulbright, voltado a jovens pesquisadores, e mais um ano na modalidade Pós-Doutorado no Exterior (PDE), concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Lorena Bruna, egressa de Farmácia e professora do curso de Medicina
Professora Lorena Bruna

Egressa do curso de Farmácia da UNIVALE, em 2020 Lorena concluiu o doutorado em Bioquímica e Biologia Molecular no campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV). A bolsa Fulbright é direcionada a quem finalizou o doutorado há menos de sete anos, e o edital do CNPq é para doutores com até dez anos de conclusão do grau. A professora explica que os projetos aprovados nos editais estão relacionados ao diagnóstico diferencial para hanseníase, leishmaniose, criptococose e esporotricose.

“Essas bolsas são resultados de um árduo trabalho no último ano, e estou alegre em representar o curso de Medicina da UNIVALE no exterior”, comentou Lorena, que planeja ir para Atlanta no segundo semestre deste ano. A Emory é a mesma instituição onde outro professor da UNIVALE, Pedro Marçal, também tem desenvolvido pesquisa sobre hanseníase e leishmaniose.

Professora Lorena Bruna, do curso de Medicina, atuando com pesquisa em laboratório

“O professor Pedro Marçal realizou parte de seu pós-doutorado na Emory University e atualmente é colaborador em um laboratório no Georgia Institute of Technology. O professor Pedro e eu colaboramos na mesma linha de pesquisa desde a graduação em Farmácia na UNIVALE, sempre sob orientação da professora doutora Lucia Alves de Oliveira Fraga. Assim, fazemos parte de um núcleo de pesquisa em hanseníase, esquistossomose e, mais recentemente, leishmaniose, que possui parceria internacional com a Emory University e a University of California San Diego”, explicou a pesquisadora.

Lorena considera o intercâmbio nos Estados Unidos uma oportunidade única de aprimoramento acadêmico e profissional, produzindo pesquisa em uma instituição de renome. “Isso permite expandir horizontes, estabelecer colaborações internacionais e trazer novos conhecimentos e experiências para a universidade. Gostaria de expressar meu profundo agradecimento à UNIVALE e ao doutor Romeo Lages, coordenador do curso de Medicina, pelo apoio e incentivo durante todo o processo”.

A mestranda da UNIVALE apresentará a pesquisa sobre o livro do escritor Carlos Olavo durante o 4º Ciclo Ibero-Americano de Diálogos Contemporâneos que acontece este mês em Portugal

Em uma imersão profunda nas páginas de “Nas Terras do Rio Sem Dono”, o romance de Carlos Olavo da Cunha Pereira, a mestranda e professora da UNIVALE, Joana Paula Ataíde, revela camadas esquecidas da história da ocupação do Vale do Rio Doce. 

Graduada em Letras pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e atualmente no mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), Joana apresentará sua pesquisa em Portugal, durante o 4º Ciclo Ibero-Americano de Diálogos Contemporâneos, no final de março.

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O livro de Carlos Olavo da Cunha Pereira é mais do que uma narrativa, é uma janela para a história da região vista sob uma nova luz. Para Joana, apaixonada por literatura, essa obra reconta, com aprimoramentos literários, a conquista das terras do Vale do Rio Doce, revelando tragédias, conflitos e injustiças que marcaram essa trajetória.

A dissertação de Joana mergulha nas territorialidades apresentadas por Carlos Olavo, traçando um panorama do processo de formação do território do Vale do Rio Doce. O livro, segundo ela, foi essencial para seu estudo, encaixando-se perfeitamente em sua paixão pela literatura e pela análise de narrativas que refletem questões sociais e históricas. 

“Com a chegada dos migrantes ao Vale do Rio Doce, podemos compreender a temática que o livro aborda, destacando a luta pela terra em um contexto que transcende o regionalismo para se tornar uma questão nacional ao longo do tempo”, comenta Joana.

Recriando a história através de novas perspectivas

Carlos Olavo da Cunha Pereira, por meio de suas narrativas, conduz o leitor por uma jornada marcada pela migração, pela luta territorial e por conflitos simbólicos que ecoam ao longo das páginas. A narrativa não se prende a uma cronologia específica, mas, por meio de documentos históricos, remete ao período das décadas de 1950 e 1960, destacando a luta física que se desdobra em um embate simbólico-territorial.

“É uma história de povoamento tardio, de violência, de invisibilidade dos povos originários e de injustiças contra os posseiros, aqueles que tinham o direito à ocupação dessas terras”, explica a professora. A obra questiona a legitimidade dessas terras sem dono, que foram brutalmente disputadas e tomadas pelos grileiros, personagens reais e fictícios que permeiam a trama.

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A professora Joana Ataíde com as orientadoras Patrícia Falco Genovez e Terezinha Vilarino

Para Joana, a literatura tem o poder de recontar e dar visibilidade a essas histórias, oferecendo uma nova perspectiva sobre o processo de formação do Vale do Rio Doce. “A literatura é o caminho para mostrar uma outra história, para recriar o passado sob uma nova luz”, destaca.

A professora já tinha levado sua pesquisa ao Congresso Internacional de Culturas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e, agora, no 4º Ciclo Ibero-Americano de Diálogos Contemporâneos em Portugal, nos dias 26, 27 e 28 de março, Joana irá compartilhar as nuances da luta pela terra, destacando a importância da memória nesse processo.

“A memória e a luta estão intrinsecamente ligadas, e é essa relação sinestésica que vamos abordar no Fórum em Portugal”, revela Joana. “O livro ‘Nas Terras do Rio Sem Dono’ nos permite discutir questões que vão além da simples disputa territorial, nos convidando a refletir sobre o passado e suas reverberações no presente”, complementou.

UNIVALE PESQUISA VALE

Doença infectocontagiosa, a hanseníase é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, o bacilo de Hansen, e o último domingo de janeiro (neste ano, no dia 28) é a data em que se comemora o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, conforme a Lei 12.135/2009. Antigamente chamada de lepra, a enfermidade é uma das mais antigas conhecidas pela humanidade, como lembra o professor Pedro Marçal, do curso de Farmácia da UNIVALE. Atualmente em pós-doutorado nos Estados Unidos, o pesquisador se dedica a aprimorar o diagnóstico da hanseníase, facilitando a detecção precoce da doença, o que garante mais eficiência ao tratamento.

Conforme Pedro Marçal, desde o ano 600 antes de Cristo, aproximadamente, já é possível encontrar referências à hanseníase: “Essas referências procedem da Índia e da África, que parecem ser o foco inicial da doença”. O professor salienta que a doença é curável e o tratamento é gratuitamente distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas a dificuldade do diagnóstico é um gargalo que contribui para o registro de 200 mil novos casos anuais em todo o mundo, sendo 25 mil desses novos casos no Brasil – e Governador Valadares, aponta o professor, está em uma das principais áreas endêmicas no país.

Professor Pedro Marçal, apresentando trabalho sobre hanseníase no encontro anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene (ASTMH, na sigla em inglês)

“O diagnóstico é muito difícil, e hoje não existe nenhuma ferramenta laboratorial que consiga dar 100% de certeza de que o paciente está doente ou não. Às vezes a gente encontra muitos erros de diagnóstico, e aí não se consegue entrar com o tratamento precoce. Essa situação acaba por permitir uma manutenção de alto número de novos casos da doença todos os anos. Grande parte desses casos está na Índia, mas o Brasil é o segundo país. O Brasil é dividido em diferentes clusters, de acordo com o número de novos casos. Governador Valadares, por exemplo, está localizado no cluster 6. O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos, e Valadares está na sexta área de prioridade do Brasil. É uma área com altos índices de novos casos de hanseníase, a gente precisa olhar com carinho para essa população”, observa o professor.

A pesquisa de Pedro Marçal busca entender melhor o funcionamento do sistema imunológico dos pacientes com hanseníase, para identificar biomarcadores imunológicos capazes de serem utilizados para o teste diagnóstico.

Professor Pedro Marçal em Congresso da Sociedade Americana de Microbiologia (ASM, na sigla em inglês), ocorrido na cidade de Houston
Professor Pedro Marçal, apresentando trabalho em Congresso da Sociedade Americana de Microbiologia (ASM, na sigla em inglês)

“Eu trabalho com algumas proteínas que são produzidas pelo sistema imunológico. Estou tentando descobrir qual é o melhor antígeno capaz de estimular o sistema imune que vai gerar proteínas que vão poder me indicar se o paciente está doente ou não. Por exemplo, um paciente doente vai produzir muitas dessas proteínas. Um paciente sadio produz pouca dessas proteínas. O objetivo final é estabelecer um teste rápido, tipo aquele teste de glicose ou aquele teste de gravidez, em que eu coloco uma gotinha do sangue do paciente e já consigo identificar se ele está doente ou não”, detalhou.

Formas de contaminação, sintomas e tratamento da hanseníase

A doença é transmitida pelas vias aéreas superiores e acontece com a exposição prolongada ao bacilo de Hansen, o que torna a contaminação mais provável de ocorrer em pessoas que vivem próximas a um paciente já afetado – frequentemente, pessoas que vivem na mesma moradia. “Se você convive com um indivíduo doente, respirando aquele bacilo, você pode contrair a doença. Mas é necessário um convívio prolongado para o desenvolvimento da doença, porque grande parte da população possui resistência natural. Como essa bactéria cresce muito lentamente, é necessário que se conviva 5, 6 ou 7 anos com um paciente doente, para contrair a doença. E só depois de todo esse tempo é que a sintomatologia vai aparecer”, explicou Pedro Marçal.

Os principais sinais e sintomas da hanseníase são manchas brancas ou avermelhadas na pele, com perda de sensibilidade e comprometimento da função neural. “O nervo fica mais grosso, podemos dizer assim. E também se percebe perda de sensibilidade nas extremidades do corpo e perda do tônus muscular. O paciente perde um pouco a força do músculo, porque essa bactéria gosta de ficar alojada nos nervos, em uma célula neural chamada Célula de Schwann, o que acaba comprometendo a função neural. Ao comprometer a função neural, a doença gera essa perda de sensibilidade, essa perda do tônus muscular”, acrescentou o pesquisador.

Pedro orienta que, ao se perceber sinais da hanseníase no corpo, é necessário procurar um médico especializado, para a realização do diagnóstico. Quando o diagnóstico é realizado nos estágios iniciais da doença, o tratamento com um coquetel de antibióticos é capaz de quebrar a cadeia de transmissão, evitando a proliferação de casos de hanseníase.

“O tratamento da doença consiste no que a gente chama de poliquimioterapia, um conjunto de antibióticos que o paciente vai utilizar por até um ano para que a doença possa ser curável. O interessante é que, na primeira dose do antibiótico, 99% das bactérias já são mortas, e o paciente deixa de ser contagioso. O diagnóstico precoce rompe a cadeia de transmissão. Essa é a principal forma de combate à doença e de prevenção também”, afirmou.

Aluna de Medicina foi selecionada no primeiro edital de mobilidade acadêmica internacional da instituição e recebeu apoio financeiro para realizar intercâmbio

A estudante do curso de Medicina da UNIVALE, Ana Lara Pires Vieira, está prestes a embarcar em uma jornada de aprendizado internacional. Selecionada através do primeiro edital de Mobilidade Acadêmica Internacional da universidade, ela foi escolhida para participar de um programa de intercâmbio nos Estados Unidos. Lá, ela terá a oportunidade de realizar um estágio de pesquisa em Bioengenharia Médica e um curso de aprimoramento do inglês no Instituto de Tecnologia da Georgia, o Georgia Tech, além de participar de outras atividades no próprio instituto e na Universidade Emory.

intercambio aluna da univale

Atualmente cursando o 4º período de Medicina, a estudante demonstrou excelência acadêmica e habilidades necessárias para essa experiência singular. Sob os critérios do edital, lançado no começo do mês de dezembro, que incluíam desempenho acadêmico, inglês avançado e matrícula nos cursos da área da saúde da UNIVALE, Ana Lara se destacou como a escolha ideal. “Desde jovem, sonhava em fazer um intercâmbio de inglês. Agora, na faculdade, o desejo de ampliar meus horizontes acadêmicos se juntou a isso", compartilhou Ana Lara, entusiasmada.

O programa de intercâmbio prevê uma imersão completa na área de Bioengenharia Médica, com um estágio de pesquisa no Micro NanoBio Laboratory - The Petit Institute for Bioengineering and Bioscience, do Georgia Institute of Technology, e um curso de inglês no Georgia Tech Language Institute. Além disso, Ana Lara terá a oportunidade de participar de atividades culturais em reconhecidas instituições educacionais dos EUA. “Ter a chance de estagiar na área da saúde, especificamente em imunologia e doenças endêmicas como a hanseníase, tão presente em nossa região, é incrível. Quero absorver ao máximo para contribuir no meu aprendizado e trazer esse conhecimento de volta para minha universidade”, afirmou a estudante.

Apoio da universidade

A UNIVALE desempenhou um papel fundamental ao oferecer suporte financeiro e estrutural para viabilizar essa experiência enriquecedora. Com uma ajuda de custo de US$1.000 (mil dólares), a instituição visa auxiliar nas despesas educacionais e de subsistência durante a estadia da estudante nos Estados Unidos.

O programa de intercâmbio não apenas representa um marco na trajetória acadêmica de Ana Lara, mas também reafirma o compromisso da UNIVALE em proporcionar experiências internacionais enriquecedoras aos seus estudantes, preparando-os para um mundo cada vez mais globalizado e diversificado.

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A oportunidade de estudar na Georgia Tech, em parceria com a Emory University, com seus laboratórios de ponta e renomados cientistas, é um ponto que a entusiasma. "Essa imersão em tecnologia avançada e o contato com profissionais reconhecidos mundialmente são uma chance de enriquecer meu conhecimento e experiência", concluiu.

A influência direta do Professor Pedro Marçal nos Estados Unidos contribuiu para a concepção desse programa inovador. No extenso currículo, Pedro é professor do curso de mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) e também do curso de Farmácia da UNIVALE. Durante o estágio pós-doutoral , o professor assumiu o compromisso com a internacionalização acadêmica.  Sua presença na Emory não apenas enriqueceu seu conhecimento, mas também projeta a UNIVALE como uma instituição comprometida em oferecer oportunidades de excelência em escala global.

Pedro Marçal, que além do estágio pós-doutoral na Emory University também assumiu uma posição como pesquisador no Georgia Institute of Technology, concentrou seus esforços em trabalhos experimentais e computacionais de alta relevância. Seu foco em estudos relacionados ao perfil de anticorpos Fc em diversas doenças, como tuberculose, hanseníase, esquistossomose e rejeição de transplantes, destaca sua contribuição significativa para a pesquisa científica.

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No Instituto de Tecnologia da Georgia, o professor será o anfitrião da estudante do curso de Medicina e desempenha um papel crucial na vida acadêmica da futura médica. “Enxergo esse primeiro edital de internacionalização como uma grande oportunidade que a universidade está oferecendo para os alunos de graduação, uma vez que eles vão vivenciar uma cultura diferente, uma cultura educacional e vão ter acesso ao funcionamento de uma instituição internacional norte-americana, uma instituição de grande destaque nacional e mundial”, destaca o professor. 

Ele acredita que a experiência internacional seja um catalisador para o desenvolvimento dos estudantes, não apenas aprimorando suas habilidades acadêmicas, mas também moldando suas perspectivas e habilidades interculturais. “Penso que vai abrir muitas portas e a intercambista vai poder enxergar muitas oportunidades e poder traçar o seu caminho caso queira de fato. Vai enxergar como oportunidade para traçar um caminho que às vezes é diferente do que a grande maioria faz, então, isso coloca o UNIVALE num outro patamar comparado a outras instituições nacionais e até internacionais mesmo”, conclui.

A Jornada de Conquistas da Comunidade Acadêmica da UNIVALE

A Universidade do Vale do Rio Doce tem se destacado com excelência no cenário acadêmico, indo além das fronteiras e redefinindo os limites do conhecimento. Em um mundo onde a aprendizagem não conhece barreiras geográficas, a UNIVALE busca capacitar a comunidade acadêmica para os desafios globais. 

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Com uma visão inovadora, tem sido pioneira em diversas áreas do conhecimento, abraçando a interdisciplinaridade e promovendo a colaboração entre diferentes campos de estudo. Seus programas de pesquisa têm alcançado reconhecimento global, contribuindo significativamente para avanços científicos e tecnológicos em várias frentes.

Com isso, a instituição aposta em uma nova fase de internacionalização, objetivando o crescimento e a expansão da universidade. Com o primeiro edital de Mobilidade Acadêmica Internacional Discente, a instituição prepara o estudante para o mercado globalizado, em uma grande imersão acadêmica, capaz de expandir horizontes. 

“Estamos passando por um grande processo de reformulação, todos os documentos e regulamentos estão sendo revistos, ou seja, todas as regras estão sendo aprimoradas para que a instituição possa atender as demandas e que nossos alunos e professores possam sair, e para que nós possamos também receber docentes e discentes internacionais”, explicou a Diretora de pesquisa, extensão e pós-graduação da UNIVALE, a professora Elaine Pitanga. 

Por Isabela de Andrade Damacena, aluna do 4° período do curso de Jornalismo

O dia 8 de julho é conhecido como o Dia da Ciência e do Pesquisador. Essa data existe para reconhecer e homenagear o trabalho dos cientistas e pesquisadores brasileiros, dentro ou fora do Brasil, bem como destacar a importância da ciência para o avanço da sociedade, tanto no setor privado quanto no público.

Os cientistas e pesquisadores são responsáveis por conduzir estudos, experimentos e investigações em diferentes áreas do conhecimento, buscando compreender o mundo e encontrar soluções para problemas diversos. Suas contribuições são fundamentais para o progresso da sociedade em áreas como medicina, tecnologia, meio ambiente, agricultura, comunicação, química, entre outras.

Você tem vontade de ser um pesquisador? Sabe o que são as pesquisas científicas e seus benefícios para o mundo? Se é uma área que desperta sua curiosidade e interesse, continue lendo!

pesquisa e ciência - Dia internacional da ciência e do pesquisador

Pesquisas científicas: o que são?

Agora que sabemos um pouco sobre essa data e a importância dela, vamos explicar para você que entrou no mundo universitário recentemente o que é uma pesquisa científica e tudo que ela engloba.

As pesquisas científicas são estudos realizados por cientistas e pesquisadores com o objetivo de investigar e obter novos conhecimentos em um determinado campo de estudo. Seu principal objetivo é ampliar o entendimento sobre fenômenos naturais, sociais ou tecnológicos, além de buscar soluções para problemas específicos.

Essas pesquisas seguem uma estrutura definida, começando com a formulação de uma pergunta ou problema, seguida pela busca por estudos relacionados, o planejamento e a coleta de dados, a análise dos resultados obtidos e a apresentação da conclusão de todo o processo.

O planejamento e a coleta de dados das pesquisas científicas podem variar de acordo com a área de estudo e seus objetivos. Isso pode incluir observações, experimentos de laboratório, coleta de dados em campo, entrevistas, questionários, análise estatística, modelagem computacional, entre outros.

Graças a essas pesquisas, a humanidade conseguiu avançar com a descoberta de diversas inovações e respostas para problemas que hoje podemos até considerar banais. Gostaria de saber mais sobre os impactos das pesquisas? Veja a seguir por que comemorar essa data é tão importante!

O impacto das pesquisas nos dias de hoje

Sabendo que as pesquisas científicas podem abordar qualquer área do conhecimento e contribuir para o desenvolvimento de novas teorias, tecnologias, medicamentos, políticas públicas e práticas, decidimos entrevistar alguns pesquisadores da universidade, a fim de entender o impacto do ponto de vista de quem está à frente.

"A pesquisa desempenha um papel fundamental no avanço da sociedade. Os pesquisadores e pesquisadoras são igualmente importantes nesse processo. A pesquisa é essencial para o progresso da sociedade por diversos motivos. Primeiro, ela permite a descoberta de novos conhecimentos e o desenvolvimento de novas tecnologias", afirma o professor e pesquisador Franco Dani.

pesquisa e ciência - Dia internacional da ciência e do pesquisador
Professor Franco Dani (com o microfone) em participação no Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste em 2023

Ele continua apresentando a importância dos pesquisadores: "Eles buscam responder perguntas que ainda não foram respondidas, dedicando-se a aplicar metodologias científicas rigorosas para obter resultados confiáveis. Muitos pesquisadores dedicam uma vida inteira a estudar e se dedicar à ciência e à pesquisa, visando trazer benefícios para a sociedade como um todo."

pesquisa e ciência - Dia internacional da ciência e do pesquisador
Professor Roberto Vilela

"Um aspecto que considero importante da pesquisa é a reflexão sobre o que acontece no nosso cotidiano. Esse é outro impacto que pode passar despercebido no dia a dia, mas é sentido ao longo dos anos [...]. Às vezes, nos alienamos, sem parar para refletir, e acabamos não aproveitando o melhor que cada área tem a oferecer. A pesquisa traz esse benefício, nos incentiva a olhar para o que estamos fazendo, a refletir sobre isso", compartilha o coordenador dos cursos de Jornalismo e Publicidade Propaganda, Roberto Villela.

Entendendo agora o quão importante as pesquisas científicas são para a sociedade de forma geral, que tal dar uma olhadinha em algumas pesquisas feitas por brasileiros ao longo da história que mudaram a perspectiva da realidade em que foram realizadas?

5 pesquisas brasileiras que mudaram o país

Para comemorar o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador, nada melhor do que homenagear cientistas brasileiros que contribuíram para o desenvolvimento da humanidade graças às suas pesquisas. Veja a lista que separamos com algumas das várias descobertas feitas em território nacional!

O soro antiofídico, desenvolvido em 1894 pelo cientista francês Albert Calmett, tinha o intuito de tratar picadas de cobras venenosas. Inicialmente, acreditava-se que ele era eficaz contra todas as cobras, com base no veneno da naja. No entanto, o cientista brasileiro Vital Brazil discordava dessa ideia e defendia tratamentos específicos para cada tipo de veneno. A partir disso, ele criou antídotos distintos para mordidas de cascavel e jararaca, e também desenvolveu o soro polivalente, eficaz contra um grupo de cobras.

Carolina teve um papel crucial no desenvolvimento do estudo científico da Psicologia no Brasil, sendo uma das pioneiras em pesquisas experimentais nessa área. Além disso, foi uma importante figura na introdução da Análise de Comportamento no país. Na área da psicologia, liderou um movimento que defendeu a regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil, conquistada em 1962, sendo a detentora do registro número 1 do Conselho Regional de Psicologia.

Ele foi um renomado médico e cientista brasileiro que descobriu e estudou a doença de Chagas. Em 1909, identificou o parasita Trypanosoma cruzi como o agente causador da doença transmitida pelo inseto barbeiro. Suas pesquisas contribuíram para o entendimento dos sintomas, fases da doença e formas de transmissão, incluindo transfusões de sangue e transmissão congênita.

É uma economista brasileira renomada, reconhecida por suas contribuições no campo da economia. Sua pesquisa se concentra no desenvolvimento econômico do Brasil, abordando questões como industrialização, dependência econômica, desigualdade social e políticas públicas.

É uma cientista brasileira que liderou a equipe responsável por sequenciar o genoma completo do SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, no Brasil. Seu trabalho foi fundamental para entender a estrutura genética do vírus, suas mutações e sua disseminação. Além disso, suas pesquisas contribuíram para o desenvolvimento de estratégias de controle da doença e foram essenciais para orientar medidas de saúde pública e o desenvolvimento de vacinas.

Muito interessante, não é? E isso ainda são apenas algumas poucas pesquisas dentro do que  o Brasil fez pelo resto do mundo! Quer saber como a UNIVALE contribui para o desenvolvimento de pesquisas como essas? É só continuar lendo!

Pesquisas científicas dentro da UNIVALE

Para falar melhor sobre as pesquisas científicas dentro da universidade, entrevistamos duas conhecidas e renomadas pesquisadoras da instituição para compartilhar suas experiências e falar melhor sobre o apoio e incentivo da UNIVALE para o avanço científico na sociedade.

“A UNIVALE, enquanto instituição comunitária sem fins lucrativos e como uma universidade, tem o compromisso de manter o tripé do ensino, pesquisa e extensão, e sua atuação na pesquisa tem se destacado com significativos investimentos nessa área”, explica a Assessora de Pesquisa e Pós-graduação, Profa. Dra. Elaine Pitanga.

pesquisa e ciência - Dia internacional da ciência e do pesquisador
Professora Elaine Pitanga, Assessora de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIVALE

Elaine complementa sua fala: “Atualmente, a UNIVALE conta com trinta e sete projetos de pesquisa em desenvolvimento, com a participação de diversos professores e mais de cinquenta alunos de iniciação científica. A instituição financia esses projetos, garantindo o custeio das horas-aula dos professores envolvidos na pesquisa, além de oferecer bolsas de iniciação científica para os alunos”.

A professora e pesquisadora Elaine Scherrer compartilha sua experiência dentro da universidade: “A UNIVALE é realmente um apoio incrível para os professores que desejam realizar pesquisas. Eu sou um exemplo disso, pois quando cheguei, Elaine Pitanga sempre me acolheu como uma pesquisadora, mesmo sendo nova na instituição. Ela sempre me ofereceu apoio, e isso é o que a universidade faz: incentivar a pesquisa. Sou imensamente grata por esse incentivo que recebo da universidade.”

Espaços para divulgação e aprendizagem

Além desse apoio aos professores, a UNIVALE também incentiva os alunos a descobrirem a área da pesquisa científica, por meio de eventos e grupos de estudos, e também do tradicional Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica, realizado anualmente na instituição. 

Um simpósio é um evento acadêmico ou científico que reúne especialistas e pesquisadores de uma determinada área para apresentar e discutir temas relevantes e os avanços mais recentes nesse campo específico. Na UNIVALE, esse evento ocorre anualmente desde 2003 e está agora em sua 21ª edição.

A edição deste ano tem como objetivo central discutir as relações entre ciência e sociedade. Essas relações abrangem desde a divulgação científica até formas de participação das comunidades. O evento busca explorar práticas que promovem o livre acesso, reutilização e distribuição do conhecimento científico, sem restrições legais, tecnológicas ou sociais. Além disso, também inclui ações de extensão, divulgação científica e educação, reconhecendo a interação entre a ciência e a sociedade.

Além do simpósio, a UNIVALE oferece diversos grupos de estudos para os alunos de diferentes cursos, com várias propostas. Um exemplo é o grupo Antena, composto por estudantes dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, e Design Gráfico. Fundado em 2021, o grupo tem como objetivo promover a pesquisa científica nas áreas de comunicação e design, incentivando a participação dos alunos. Sob a liderança da professora Deborah Vieira, o Antena conta com 15 membros dos três cursos.

Venha para o lado científico da força!

As pesquisadoras incentivam os alunos a participarem das atividades de iniciação científica e compartilham suas perspectivas sobre como a pesquisa pode impactar a vida acadêmica daqueles que têm interesse na área. “Participar de iniciação científica é extremamente importante para a carreira e formação profissional do aluno. Essa experiência pode ser incluída no Currículo Lattes, o que se torna um diferencial para aqueles que desejam fazer cursos de especialização, mestrado, doutorado e seguir carreiras acadêmicas”, afirma a pesquisadora Elaine Pitanga.

Complementando sua declaração, ela conclui: “Além disso, o aluno vivencia a pesquisa de campo, coleta e insere dados em bancos de dados, realiza análises. É um aprendizado enriquecedor. A maioria das pesquisas é interdisciplinar, permitindo que o aluno conviva e troque experiências com pesquisadores, professores e alunos de outros cursos, ampliando sua visão e conhecimento”.

pesquisa e ciência - Dia internacional da ciência e do pesquisador
Professora Elaine Scherrer

A professora Elaine Scherrer compartilha uma história de destaque de uma aluna que participou dos programas de iniciação científica da UNIVALE e obteve reconhecimento no exterior: “Ariana teve uma oportunidade incrível devido ao seu vínculo com a universidade, pois estava envolvida em pesquisa. Isso possibilitou que ela viajasse para outros países e apresentasse seu trabalho. Essa experiência abriu portas para ela no exterior, e ela até já deu palestras sobre a importância desse trabalho”.

“Quando envolvo alguns alunos na iniciação científica, percebo uma mudança de comportamento dentro da sala de aula. Eles passam a ter um interesse maior nas coisas... a visão desses alunos muda completamente. Eles não estão mais interessados apenas em memorizar informações, eles mudam sua postura e se tornam mais engajados e curiosos”, conclui a educadora do curso de Medicina. Incentivo é algo que não falta, não é mesmo? Se o assunto despertou seu interesse e se você deseja saber mais, acesse nosso site.

No site tem mais!

Você é aluno da UNIVALE e se interessou em realizar sua própria pesquisa? Ou talvez queira se aprofundar nesse mundo dos pesquisadores? Junte-se à nossa ampla equipe e venha inovar no meio científico.

Conheça a APPG (Assessoria de Pesquisa e Pós-graduação), setor responsável pela Política de Pesquisa e pela pós-graduação Stricto Sensu na UNIVALE. A APPG gerencia diversas ações relacionadas ao desenvolvimento de projetos de pesquisa, incluindo cursos de Mestrado em andamento e propostas em desenvolvimento.

Além disso, a APPG também coordena os Programas de Bolsas de Iniciação Científica, Grupos de Pesquisa Institucionais e as atividades do Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica, que ocorrem anualmente.

Apresentação no Popfilia destacou a representatividade do amor entre pessoas negras na produção audiovisual

O Simpósio Popfilia é organizado pelo Grupo de Pesquisa em Comunicação, Música e Cultura Pop (Grupop), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e debate a produção acadêmica sobre cultura pop. Integrantes do Grupo de Estudos Antena, dos cursos de Comunicação da UNIVALE, participaram com apresentação de um trabalho nesta segunda edição do Simpósio, realizado de forma híbrida entre os dias 28 e 30 deste mês, com o tema “Que filia é essa que nos habita?” e que neste ano se dedicou ao pensamento da autora e ativista norte-americana Bell Hooks, falecida em 2021.

A produção “O Amor No Streaming: uma análise da animação Entergalactic” é de autoria da egressa do curso de Jornalismo e colaboradora da UNIVALE, Natalia Lima Amaral, e da estudante do 3º período de Design Gráfico, Rebeca Dias Reis, sob orientação da professora Deborah Vieira, que também é orientadora do Grupo Antena. A apresentação, feita no Popfilia de forma remota na manhã de quinta-feira (28), fez parte da mesa redonda sobre “Fabulações Opositoras No Cinema”.

O trabalho das integrantes do Grupo Antena, conforme explica a orientadora, mostra a representação de casais negros no cinema, com base na animação Entergalactic, disponível na plataforma Netflix e criada com participação do rapper Kid Cudi, autor de um álbum com o mesmo nome da produção audiovisual.

Professora Deborah Luísa Vieira dos Santos Univale Editora
Professora Deborah Vieira

“É um trabalho muito interessante, mostra a questão do amor romântico, e toda a questão da representatividade de uma parcela da população que ainda vivencia o machismo estrutural, e muitas vezes é silenciada ainda nas produções culturais. A gente está vendo um movimento de maior representatividade, mas é importante observar de que forma essa representatividade acontece. Para a UNIVALE, participar do Popfilia com esse trabalho é muito importante para mostrar as produções que a gente tem aqui, na pesquisa em Comunicação”, comentou Deborah.

Para Rebeca, uma das outras do trabalho apresentado no Popfilia, a participação no simpósio de cultura pop demonstra a capacidade dos alunos da UNIVALE, e em especial do Grupo Antena, de contribuir para a construção do conhecimento científico de qualidade, dialogando com pesquisadores além dos muros da universidade.

“Nós escolhemos analisar esse filme, pois reconhecemos que a representatividade saudável na mídia é escassa, especialmente quando se fala de amor entre pessoas negras. Muitas vezes somos acostumados a ver pessoas negras em posições de servidão, ou como alvos de violência na mídia. Entergalactic representa apenas o cotidiano e relações saudáveis, algo que é essencial para que sejamos capazes de quebrar esse imaginário, segundo a escritora Bell Hooks, que é a homenageada do simpósio. Por isso analisamos o objeto, para entender se ele atendia às provocações da autora”, destacou a estudante de Design.

A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) organiza seu 4º Congresso de Fonoaudiologia, em Belo Horizonte, entre os dias 18 e 20 deste mês, com o tema “Ciência, compromisso social e democratização do conhecimento”. A programação inclui dois trabalhos de alunos do curso de Fonoaudiologia da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), selecionados entre as pesquisas submetidas à comissão organizadora.

Os dois trabalhos da UNIVALE foram produzidos por estudantes do 6º período. O grupo é composto por Amanda de Fátima Oliveira Gurgel, Isabella de Oliveira Gonçalves, Thatiely Resiman Cordeiro e Victor Emanuel Ferreira da Silva, orientados pelo professor Tiago Attoni. O trabalho “Análise de correlações entre as medidas de discriminação fonêmica e reflexo acústico em crianças com desvio fonológico” será apresentado de forma oral, e “Avaliação cognitiva global em pacientes portadores da síndrome Neuroacantocitose” será demonstrado em um pôster.

“A participação dos alunos no Congresso de Fonoaudiologia é muito importante, parte de um princípio de incentivo à pesquisa. Os alunos passam a ter contato também com essa parte de pesquisa que a universidade oferece, com possibilidade de expandir um pouco mais o conhecimento, construir também o conhecimento através da pesquisa. Isso favorece muito a formação, é de grande importância até pela convivência durante o Congresso em Belo Horizonte. Eles vão apresentar os trabalhos à comunidade científica, conhecendo também outros pesquisadores, de outros lugares, e isso favorece muito o crescimento acadêmico e profissional”, afirmou o orientador.

Resumo dos trabalhos submetidos ao Congresso de Fonoaudiologia da UFMG

O trabalho com apresentação oral aborda a correlação entre a contração muscular do estapédio (menor músculo do corpo humano, localizado dentro do ouvido) com a ausência de discriminação auditiva e a dificuldade em crianças na aquisição do português brasileiro, substituindo um fonema por outro na fala. “Esse transtorno de aquisição da linguagem vai causar uma desordem na produção dos sons da fala, com troca de sons. A gente vai discorrer sobre como nosso reflexo auditivo vai ajudar ou atrapalhar no desenvolvimento desses desvios”, comentou a aluna Isabela.

Ela destaca o quanto é gratificante representar o curso de Fonoaudiologia da UNIVALE. “É um curso que só está crescendo e tem todo um potencial de crescer mais ainda. Mas ainda é uma área muito escassa, então para a gente está sendo muito interessante poder contribuir para o crescimento dela. A gente está muito empolgado, muito feliz, satisfeitos com a trajetória que estamos trilhando. Agradeço todas as energias e palavras de elogio que temos recebido, isso tem sido muito legal”, afirmou.

O outro trabalho aborda a neuroacantocitose, síndrome rara que se manifesta na fase adulta e que afeta, além da parte motora, a fala e a deglutição. Por ser uma doença progressiva, pode levar ao óbito. “Nós avaliamos aspectos cognitivos de 11 pacientes, mensurando a capacidade cognitiva global desses sujeitos de forma significativa. Esses dois trabalhos são muito importantes, mostram que a Fonoaudiologia não é só colocar um aparelho auditivo ou fazer um exame fonoaudiológico, ou ensinar a criança a falar corretamente. Vai muito além disso”, acrescentou Thatiely.

A estudante considera que as pesquisas realizadas podem fazer a diferença na promoção da saúde das pessoas, e que a experiência do Congresso é importante para alunos de graduação. “Uma questão importante é poder hoje, como estudante, participar de um Congresso de Fonoaudiologia com centenas de profissionais já formados que estão lá e vão conhecer nosso projeto de pesquisa, vão conhecer nosso nome. É um networking muito interessante de se fazer, já como estudante, estruturando e embasando nossa carreira, tanto na pesquisa como na área clínica. Temos bastante apoio de professores e coordenação do curso, e isso está fazendo toda a diferença no nosso caminhar”, disse a aluna.

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Calouros da Univale foram recebidos com orientações sobre os serviços e setores oferecidos pela instituição

Marcando o início de um novo semestre letivo na Univale, os calouros de 2023 foram recebidos oficialmente pela instituição com apresentações dos setores e serviços da universidade. Na terça-feira (7) a apresentação foi para os novos alunos do campus II, com autoridades acadêmicas enfatizando a importância da pesquisa e da extensão como complementos ao ensino recebido em sala de aula. Na quinta-feira (9) foi a vez da recepção aos calouros do campus I.

Em sua fala aos estudantes, a reitora da Univale, professora Lissandra Lopes Coelho Rocha, aconselhou os calouros a usufruírem de todas as oportunidades que a universidade proporciona, e que a participação em atividades de pesquisa e extensão, no futuro, terá um impacto positivo na vida profissional dos atuais alunos.

“Pensem que esse é um processo, vocês estão aqui preparando o futuro profissional de vocês. Vocês estão realmente acrescentando tudo de melhor que um profissional precisa ter para estar no mercado. Se souberem de algum curso de extensão, não percam. Ou projeto de pesquisa e iniciação científica, experimentem, e também os estágios. Nossa preocupação é que vocês sejam profissionais completos e que experimentem todas as oportunidades, saindo daqui com a certeza do que querem fazer no mercado”, disse a reitora, aos calouros.

Essa também foi a tônica da fala da pró-reitora de Graduação e de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, professora Adriana de Oliveira Leite Coelho. Ela enfatizou a importância de participar de atividades como monitorias, estágios não-obrigatórios, trabalho voluntário e iniciação científica. “O ensino de qualidade e completo envolve também a pesquisa e a extensão. É muito importante aproveitar tudo que a universidade oferece. Aproveitem, porque a hora de fazer o currículo de vocês é agora, enquanto vocês estão como alunos de graduação”, afirmou a pró-reitora.

Calouro de Odontologia, Yago Mendes Dias Santana se mostrou muito animado com o início da vida acadêmica. “Espero que os próximos anos sejam de muito aprendizado e experiência. E que eu venha a me desenvolver não apenas como um futuro profissional, mas como alguém que vai levar os valores da instituição comigo para o local de trabalho”, declarou o estudante.

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