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Professora Elaine (em pé) acompanha em atendimento a russa Anna Pirogova (roupa azul), a sérvia Iva Zrnic (ao centro) e a aluna da Univale, Ariana Caldas

Programa de extensão traz intercambistas de Medicina para a Univale

22 agosto, 2022

A Univale está proporcionando uma troca de experiências acadêmicas e também culturais para duas intercambistas de Medicina que vieram passar um mês em Governador Valadares. A russa Anna Pirogova, recém-formada pela Universidade Sechenov, e a sérvia Iva Zrnic, aluna da Universidade de Belgrado, fazem parte da Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina, ou IFMSA, na sigla em inglês.

Dentro da Univale, o IFMSA é um projeto de extensão para receber estudantes – inclusive de outras partes do Brasil – e ajudar alunos da instituição que desejam fazer intercâmbio e realizar ações sociais nas comunidades onde estão inseridos. Quem coordena o projeto na universidade é a professora do curso de Medicina, Elaine Scherrer.

“Quando a gente traz intercambistas de outros locais, como as meninas, que são intercambistas internacionais, elas podem trocar experiências. Elas estão vindo aqui para ver o que é feito aqui no Brasil, dentro da Ginecologia e da Patologia. E não estão apenas vendo, estão trazendo experiências e todos nossos alunos da Medicina da Univale podem entrar em contato com elas. É uma troca de experiências dentro da especialidade médica, mas não é só acadêmico, é cultural também. É uma troca gigantesca para ambos os lados”, afirmou a professora.

Novas experiências para as intercambistas de medicina

A russa Anna Pirogova está se aperfeiçoando em Patologia e relata que “tem sido divertida” a experiência de viajar por cidades da região, aprendendo cultura, conhecendo músicas e culinária, e fazendo amizades. “Culturalmente, a experiência no país é realmente diferente da nossa. Eu diria, talvez, um pouco exótica para nós. Do ponto de vista profissional também é diferente, porque a gente está fazendo coisas diferentes aqui. Por exemplo, no departamento de Patologia, estou vendo coisas novas, que eu não tinha visto na Rússia. Tudo é muito novo para nós”, afirmou.

intercambistas de medicina
A russa Anna Pirogova e Ariana Pinheiro Caldas, intercambistas de medicina, em atendimento no AME, da Univale

Para a sérvia Iva Zrnic, aprender Ginecologia no Brasil também está proporcionando experiências que ela ainda não tinha vivido no país de origem – entre elas, a de acompanhar partos. “Tem sido a melhor experiência da minha vida, eu sempre quis vir ao Brasil. Foi uma oportunidade perfeita para aprender e conhecer uma nova cultura. As pessoas do Brasil são muito receptivas e estou muito feliz aqui. A experiência profissional é incrível também, sinto que os professores deixam os estudantes atuarem mais do que nos deixam na Sérvia”, declarou a intercambista, que também está aproveitando o período no Brasil para trocar experiências na área médica e na vida cotidiana. “É uma boa oportunidade experimentar isso”, acrescentou.

A anfitriã e tradutora

A anfitriã das intercambistas de medicina em Valadares é a aluna do 12º período da Univale, Ariana Pinheiro Caldas, que também faz parte da IFMSA. Além de hospedar Iva e Anna na própria casa, Ariana as acompanha em atendimentos no Hospital Municipal e no Ambulatório Médico de Especialidades da Univale (AME). As intercambistas europeias não falam português e Ariana tem sido tradutora para elas – situação comum para a estudante da Univale, que também atua como intérprete para estrangeiros que vêm a Valadares para competições de voo livre.

“A barreira linguística e o choque de cultura podem ser problemas, é importante ter uma pessoa que possa traduzir em casa, na rua e no hospital. Deve ter uns cinco anos que recebo estrangeiros. Sempre gostei desse contato, de ter pessoas junto comigo para eu aprender cultura e entender como é a realidade deles”, relata Ariana. Fluente em inglês, espanhol e francês, Ariana também já teve experiências de intercâmbio e visitou países como Equador, Colômbia, Estados Unidos e Austrália. 

Para a estudante, a prática médica no Brasil é superior até mesmo à de países mais desenvolvidos, pois prepara os profissionais para trabalhar até em circunstâncias adversas, como falta de medicamentos. “A prática médica no Brasil é muito melhor que no exterior. Lá eles são muito bons em pesquisa e trabalham muito em cima de teoria. Elas [Anna e Iva], por exemplo, nunca tinham visto um parto ou uma cirurgia”, revelou.

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